Adesivos e mexilhões…

 

Os mexilhões apresentam uma grande capacidade de adesão às rochas onde se fixam, na maioria dos casos em locais de grande agitação marítima. A produção de fibras resistentes, pelos próprios mexilhões, é o que permite, a estes animais, a capacidade de aderência.

Uma equipa da Universidade de Chicago por sua vez, anunciou na semana passada que conseguiu replicar estas fibras, o que originou a produção de um adesivo que pode ser usado em máquinas subaquáticas e em cirurgias, como agente de ligação em implantes.

Os adesivos convencionais normalmente são uma combinação de força e fragilidade. As substâncias estão ligadas por ligações químicas covalentes, ou seja, em que há partilha de electrões entre átomos. Contudo, o adesivo de mexilhão sintético, desenvolvido pela Universidade de Chicago, está ligado por metais. Esta característica permite que o adesivo apresente força e flexibilidade, uma vez que as ligações são restabelecidas automaticamente quando quebradas, sem necessidade de fornecer energia ao sistema.

Uma das chaves deste material é a longa cadeia do polímero desenvolvido pela Universidade de Northwestern. Este adesivo toma a forma de uma solução verde quando combinada com sais metálicos a baixo pH e torna-se um gel pegajoso vermelho quando misturado com hidróxido de sódio. A sua rigidez e resistência podem ser ajustadas pela variação do pH ou através do uso de diferentes tipos de iões metálicos na sua produção. Os investigadores estão agora a tentar determinar que outros factores podem afectar as suas propriedades.

Como o adesivo é produzido a partir de produtos naturais, pode ser considerado como ‘amigo do ambiente’.

“A nossa inspiração é aprender novos princípios de design a partir da Natureza, que ainda não foram usados em produtos feitos pelo Homem”, refere Niels Holten-Andersen, da Universidade de Chicago.

Fonte: http://naturlink.sapo.pt

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